ENTRE CACOS, AOS CACOS
Com os pés descalços,
o gosto do chão frio
é interrompido pela farpa aguda;
rompida a pele, faz morada na carne;
alojada no cerne, faz morada na alma
O caminho é pontilhado de lascas,
a carne é fraca,
e a dor recente é a pior;
mas é vão evitá-las,
pois mesmo dor, são pedras que encaixam
no corpo frágil qual vidro,
e o rosto liso
não conta história como os trincos
- trincos que são brincos da alma.
DANILO ZAMAI - 18/08/2009
Primeiro poema finalizado da série "Casa dos Espelhos".
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