sexta-feira, 9 de outubro de 2009

CORPO DE VIDRO


forjado em laços quentes,
resfriado em água abrupta
A luz atravessa e não repousa
- transparência não traduzida em virtude -;
sua sombra deita as cores da passagem,
trombetas de estiagem,
trote do cavalo morte.

A pele trincada fere as mãos
que oferecem carinho,
e se afasta do caminho,
pelas linhas intrincadas que escolheu
Desgastado e corrompido,
despedaça,
e antecipa seu retorno ao
pó.


DANILO ZAMAI - 30/08/2009

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